O governo Bolsonaro assinou hoje (13) a lei que autoriza a privatização da Eletrobras. O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) é contra a privatização da maior companhia de energia da América Latina, que pertence aos brasileiros. O povo trabalhador será a grande vítima dessa iniciativa do atual governo.
Elencamos sete consequências da lei (14.182/2021), assinada por Bolsonaro, que autoriza a privatização da Eletrobras:
- Tarifaço nacional na conta de luz: a privatização causará um aumento médio na conta de luz do povo acima de 25%.
- Desindustrialização e desemprego: o aumento dos custos de energia elétrica aumentará a crise na economia, levará à falência milhares de pequenas e médias empresas e causará desemprego em massa.
- Destruição da soberania nacional: A privatização entregará 125 usinas de geração de energia, 71 mil quilômetros de linhas de transmissão e 335 subestações para bancos privados e fundos especulativos internacionais. A energia elétrica de nosso país ficará sob domínio completo do capital financeiro, que só tem interesse em especular, saquear e explorar ao máximo nossos recursos.
- Aumento de apagões: a privatização causará queda na qualidade dos serviços de energia e levará o país ao caos futuro com aumento de apagões.
- Privatização da água: a estratégia de privatização da água que está em curso irá beneficiar o novo proprietário da Eletrobras, que tende a estabelecer o monopólio do mercado mundial da água. As extraordinárias reservas de água e mananciais naturais da Amazônia estão entre os principais interesses das transnacionais que querem controlar a Eletrobras.
- Destruição ambiental: ao se privatizar o setor elétrico, crescerá o número de crimes socioambientais, como os exemplos de Mariana(MG) e Brumadinho (MG), causados por uma companhia privada.
- Violação dos direitos dos atingidos: as empresas privadas não aceitam reparar os direitos dos atingidos por barragens em suas obras. Por isso, a privatização significa o aumento das injustiças e violações de direitos dos atingidos e dos trabalhadores do setor elétrico.
É necessário seguir a luta até o fim para impedir a privatização e a entrega da Eletrobras à iniciativa privada. Temos que reaver tudo que será saqueado no setor elétrico pelos banqueiros e empresários que só querem explorar a classe trabalhadora.
Nossa energia deve ficar a serviço de um projeto energético popular que garanta soberania, distribuição da riqueza e controle do povo.
Água e energia não são mercadorias!
Via Movimento dos Atingidos por Barragens