A direção ilegítima da Eletrobras e a tática de derrubar o “muro velho”
Todo mundo sabe que a privatização da Eletrobras foi um escândalo, cheia de ilegalidade e inconstitucionalidade. Diretores e conselheiros que sequestraram do Estado Brasileiro o poder de voto e a condição de maior acionista. Fundos Abutres como a 3G RADAR que não possui ações com direito a voto, mas comandam a alta cúpula da Eletrobras.
Agora, depois de meses e meses negociando o Acordo Coletivo, finalmente mostram, de forma cruel, o que eles realmente querem. Querem exterminar a base de trabalhadores que já estava na empresa antes da privatização. Eles querem usar o nosso trabalho enquanto for conveniente pra eles.
O presidente da empresa, investigado por fraude na CVM, chama a gente que já estava na empresa de “muro velho.” E diz que esse muro tem que ser derrubado aos poucos para se construir um muro novo. Para isso, no ACT eles querem autorização para demitir milhares de pessoas que entraram nessa empresa pela porta da frente, por concurso público. Além de exterminar diversas normas e benefícios para aqueles que ficam, e autorização para substituir os novos trabalhadores.
Nós construímos a empresa para um bando de almofadinhas tomarem ela de assalto e ainda nos escorraçarem com nossa autorização. De fato, é isso que está em jogo.
Eles acham que, usando contra nós o dinheiro que produzimos e colocamos na empresa, podem nos intimidar. Se percebermos a força que temos juntos, estes “indivíduos” não duram 5 minutos na direção da Eletrobras.
É preciso firmeza e coragem para encarar este ACT como o mais decisivo de nossas vidas. “Esta deve ser a nossa última oportunidade de resistir a essa gente hipócrita.”
Na mais boa fé, os trabalhadores esperam que estes gestores que ganham R$ 700 mil por mês (valor este superior ao teto do PDC ofertado), ainda reconheçam e valorizem seu corpo técnico especializado nesta que pode ser a última chance pra isso.
Reprodução do boletim do Coletivo Nacional dos Eletricitários