Demanda permanente dos trabalhadores do sistema elétrico nacional, a reestatização da Eletrobras foi motivo de reunião entre o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) e o advogado-geral da União, Jorge Messias, nesta quinta-feira (19). A companhia brasileira de energia abriu o capital em junho do ano passado, mantendo a União como a maior acionista.
Ao AGU, os eletricitários apresentaram um “repertório de irregularidades do processo de privatização da Eletrobras”, de acordo com membros do grupo que participaram do encontro. Entre outros itens, discutiram aspectos que colocam a União como “acionista lesada” pelo processo de privatização. Além disso, apresentaram propostas alternativas para a reestatização da empresa.
Anteriormente, os eletricitários do CNE foram recebidos pelo ministro da Secretaria Geral, Márcio Macedo. “A reestatização já vem sendo discutida desde o período da campanha do presidente Lula, foi o principal tema no Grupo de Trabalho (GT) de Minas e Energia na transição e, até por conta da fraude na Americanas, controlada pelo mesmo grupo que hoje controla, efetivamente, a Eletrobras, a reestatização é inevitável”, diz Ikaro Chaves, diretor da Associação dos Engenheiros e Técnicos do Sistema Eletrobras (Aesel).
No início da semana, a Associação dos Empregados da Eletrobras (Aeel) alertou que a 3G Radar, o grupo de acionistas da Americanas, é o maior acionista preferencial da ex-estatal, tendo como sócios Jorge Paulo Lemann, Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira, principais acionistas da varejista. Os impactos, contudo, ainda não estão claros.
Procurada pela reportagem do Correio, a AGU ainda não se manifestou até a publicação desta matéria.
Via Diário de Pernambuco.