A deputada federal Erika Kokay (PT-DF), coordenadora da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Setor Elétrico Brasileiro, participou nesta sexta-feira (4), da Plenária Nacional de Greve do Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE). A greve busca impedir a retirada de direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e evitar que o processo de privatização da Eletrobras avance.
“Costumo dizer que os processos de privatizações começam na retirada de direitos, para tentar quebrar a resistência de trabalhadores e trabalhadoras e, ao mesmo tempo, diminuir os custos da empresa”
Erika disse que é preciso lutar de todas as formas para impedir a privatização da estatal e que essa é uma das prioridades da sua atuação parlamentar em 2022. “ Ao defender a Eletrobras estamos defendendo a soberania nacional e nossa soberania energética. A Eletrobras é do povo brasileiro, um instrumento absolutamente fundamental para a retomada de um projeto de desenvolvimento nacional que foi rompido e dilacerado no Brasil”, destacou.
Sobre o processo de privatização, a parlamentar denunciou as irregularidades e afirmou que o governo Bolsonaro tem pressa, pois sabe das dificuldades que tem para se reeleger.
“Estamos vendo uma postura açodada por parte do governo Bolsonaro, porque ele sabe que tem pouco tempo. Por isso, tenta acelerar a entrega do patrimônio nacional”, afirmou.
“O que nós estamos vendo nesse processo que está no Tribunal de Contas da União (TCU) é um crime que vem sendo perpetrado contra a Nação. Estamos vendo um profundo desrespeito às avaliações técnicas no processo de privatização da Eletrobras. Devemos explicitar de forma muito clara e didática o que está acontecendo com esse processo de privatização, das garantias e premissas que estão sendo desconstruídas, do desrespeito às avaliações técnicas”, ressaltou Kokay.
“Temos que denunciar todos os dias o processo criminoso que é a privatização da Eletrobras. Estamos solicitando reuniões com o TCU para acompanhar de perto todas as ilegalidades desse processo”, finalizou.
*Crime de lesa-pátria* – Esta semana repercutiu na imprensa nacional e internacional que o TCU identificou um “erro” de cálculo nos estudos de privatização da empresa que indicam haver uma “subavaliação gigantesca” no valor proposto para a privatização da estatal. O prejuízo para o Brasil e a União em favor de acionistas privados é da ordem de bilhões reais.
A “falha” estaria no cálculo da potência das usinas hidrelétricas, o que deve fazer aumentar em bilhões de reais o custo da compra da empresa. O “erro” está sendo analisado pelo ministro Vital do Rêgo, o que deve atrasar a análise da privatização pelo Plenário do Tribunal.
Fonte: https://erikakokay.com.br/