Duas matérias veiculadas na imprensa demonstram que o governo Bolsonaro está tendo dificuldades, dentro do TCU, para a aprovação da análise da segunda etapa do processo de privatização da Eletrobras, que diz respeito a reestruturação societária, modelagem, valuation e preço mínimo das ações da empresa.
O jornal “O ESTADO DE S.PAULO”, do dia 18/04/2022, publicou a seguinte matéria: TCU DEVE FRUSTRAR VENDA DA ELETROBRAS NESTE ANO”. Nela, o jornal Estado de S.Paulo, aborda que a privatização da Eletrobras é tema de debate entre os dois candidatos que lideram a corrida para o Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro, favorável ferrenho da privatização da Eletrobras e Lula, contrário à mesma. A matéria cita a estratégia do governo Bolsonaro para esvaziar um possível pedido de vista do Ministro Vital do Rêgo, concedendo apenas 7 (sete) para análise, o que poderia propiciar a oferta de ações da Eletrobras no dia 13 de maio deste ano. Mas nos bastidores os ministros dizem que não é possível analisar um caso tão complexo, conforme a capitalização da Eletrobras. A matéria também aborda as restrições de prazo impostos pela CVM e SEC americana.
Já a coluna do jornal “ESTADÃO” publica matéria com o título: “FALA DE GUEDES SOBRE ELETROBRAS IRRITA MINISTROS DO TCU ÀS VÉSPERAS DE DECISÃO SOBRE PRIVATIZAÇÃO”. Nela a coluna do “ESTADÃO” do dia 18/04/2022, diz textualmente que “pegou mal entre os ministros do Tribunal de Contas da União a declaração de Paulo Guedes insinuando que há demora na análise do processo de privatização da Eletrobras em razão de um suposto pedido de Lula”.
Ministros do TCU dizem que essa declaração demonstra uma completa falta de respeito com o tribunal e pedem que a presidência do TCU avalie a possibilidade emitir uma nota contra essa declaração.
Essas duas matérias demonstram, inequivocamente, que as chances do TCU postergar a decisão sobre a capitalização da Eletrobras é cada vez mais real.
Falta pouco, muito pouco mesmo para evitar que a oferta de ações da Eletrobras ocorra até 13 de maio deste ano, pois para isto é necessário a aprovação do TCU, até 27/04/2022, segundo informações da imprensa. E é fato, o governo está enfrentando diversas dificuldades para que o TCU autorize a continuidade da desestatização da empresa, devido as diversas irregularidades e inconsistências no processo, denunciadas pela Secretaria de Fiscalização de Infraestrutura de Energia Elétrica e Ministério Público de Contas, além do descontentamento dos ministros do tribunal gerados pela pressão política que o governo tem feito para que o TCU aprove a privatização.
Agora é a hora de irmos para cima dos entreguistas, participando ativamente do ato público em defesa da Eletrobras pública, no próximo dia 20/04, em frente à sede do TCU.
Participe do ato público e faça parte da história da Eletrobras pública.
Reprodução boletim do Coletivo Nacional dos Eletricitários – CNE.