Plenária contra a privatização da Eletrobras tem apoio de parlamentares, movimentos populares e entidades sindicais

Na manhã desta terça-feira, 18, foi realizada uma grande plenária nacional contra a Medida Provisória 1031/21, que prevê a privatização da Eletrobras e está na pauta da Câmara dos Deputados. A atividade, que contou com mais de mil participantes, reuniu parlamentares, movimentos populares, entidades sindicais e trabalhadores da estatal. A mobilização teve como objetivo denunciar os riscos da entrega da empresa à iniciativa privada e engajar os participantes em outros eventos organizados pelo Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE), entidade que representa os trabalhadores e trabalhadoras da Eletrobras.

Para o deputado federal e presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Eletrosul, Pedro Uczai (PT-SC), não há razões técnicas, econômicas ou políticas que justifiquem a privatização do sistema Eletrobras. Uczai acredita que a privatização vai causar prejuízos à população brasileira, que vai pagar mais caro com a privatização.

Na atividade, o deputado Zé Carlos (PT-MA) confrontou a atuação do setor estatal e privado. Para ele, as estatais têm como missão promover o desenvolvimento social, garantindo o bem-estar à população. “A empresa privada tem eficiência em maximização dos lucros, cujo propósito é o cifrão”.

A senadora Zenaide Maia (PROS-RN), fez um apelo para que a população brasileira se mobilize em defesa da Eletrobras. Ela lembrou o recente apagão, tendo como responsável uma empresa privada, que deixou o estado do Amapá no escuro por 22 dias e que, somente, teve o restabelecimento do sistema concluído a partir da atuação da Eletrobras Eletronorte.

O deputado Henrique Fontana (PT-RS) enfatizou que a privatização da Eletrobras “não trará nenhum emprego novo para o Brasil, não trará nenhum investimento novo” e que a política do governo Bolsonaro é baseada num “receituário de fundamentalismo liberal”.

Nailor Gato, representante do Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE), agradeceu o apoio e resistência dos parlamentares na defesa dos interesses da população. O dirigente declarou que a política do governo tem sido equivocada, que diante da morte de mais de 430 mil pessoas, a prioridade deveria ser a vacinação da população e não o desmonte da Eletrobras.

“Uma empresa lucrativa, eficiente, que tem condições de contribuir com empregos, com o desenvolvimento econômico e social do Brasil não pode ser privatizada”.

Outros participantes destacaram que a privatização da Eletrobras vai impactar consideravelmente a conta de luz da população brasileira, além de colocar em risco a soberania nacional e a segurança energética do País.

O encontro virtual contou também com a participação do senador Roberto Requião (MDB-PR), da deputada Erika Kokay (PT-DF), deputado Emidinho Madeira (PSB-MG), deputado Danilo Cabral (PSB-PE), deputado Pompeu De Matos (PDT-RS), deputado Afonso Florence (PT-BA), representantes da Federação Única dos Petroleiros (FUP), do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), dentre outras parlamentares e entidades.  

Com informações do Partido dos Trabalhadores

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